domingo, 3 de diciembre de 2017

“ HISTÓRIAS PARA ENTENDIMENTO DA FESTA BRAVA “ ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA FESTA BRAVA. Se no sabia, fica a saber. 1ª Parte.

Por:  JOSÉ CARLOS AMORIM

A arte de lidar reses bravas é originária da Península Ibérica, onde evolucionou, onde assumiu as suas expressões mais típicas e donde irradiou, com expansão sempre limitada. Existem dois tipos de toureio confinados, em Espanha predomina o toureio a pé e a corrida de toiros em que a festa culmina com a morte do animal. Em Portugal o toureio predominou na forma equestre, a tourada com cavaleiros e forcados.


Os espanhóis levaram as corridas de toiros à América, a outros países de colonização espanhola. A tourada portuguesa “ viajou “ para as Ilhas, onde, nomeadamente nos Açores há uma forma típica de espectáculo taurino, a Tourada à Corda. A tourada à portuguesa foi levada também para o Brasil, Angola, Moçambique, África do Sul, Indonésia, Filipinas, Macau, Grécia, etc., etc.

Como exercício, jogo ou desporto, os espanhóis vêm praticando a lide de toiros desde as mais remotas eras. Dizer que foram os romanos, os gregos, ou os árabes que trouxeram para a Península Ibérica a arte de lidar toiros é absurdo, pois, pelo contrário, foi nela que eles aprenderam o toureio.

Já na época pré-histórica, os habitantes da Península Ibérica defrontavam, caçavam e domesticavam toiros. Na época dos Iberos, a pedra lavrada de Clunia é um documento que atesta a sobrevivência do motivo taurino na Península Ibérica através dos tempos. O toiro surge como o “ Rei dos Animais “ em Creta e entre vários mitos a que o toiro deu origem, conta-se o do Minotauro. Em resumo, pode dizer-se que os primitivos povoadores da Península Ibérica, ao depararem com bois bravos, com o andar dos tempos, tornou-se numa diversão popular.

Dos séculos X a XIII, o toureio na Península Ibérica foi praticado pelo povo nos territórios reconquistados e pela aristocracia nas regiões ainda em poder dos muçulmanos.


 Em 1385, há a primeira notícia da existência de “ matadores “ de profissão. Durante os séculos XVI e XVII pratica a nobreza o toureio a cavalo nas duas modalidades – picar e rejonear -  preenchendo cada uma delas quase um século.

Carlos V D. Sebastião e Filipe II, foram grande praticantes e defensores desta arte.
O toureio até 1761 oferece uma história fragmentária e episódica, pois só a partir desta data aparecem os cartazes, elemento indispensável para a história da Tauromaquia.

Em Fevereiro de l805, Carlos IV proibiu as corridas de toiros, mas José Bonaparte logo a levantou, no intento de congraçar-se com o povo Espanhol.

Portugal adquiria regras fixas e entre elas, uma era essencial: “ o toiro só pode ser ferido no cachaço “.    A lança principiou a ser posta de parte e a entrar o uso do rojão, que era nessa época, uma espécie de lança, com a haste de forma cónica, engrossando da ponta até à empunhadura.

Há praças de toiros em muitas cidades e vilas do País, mas especialmente no Alentejo e Ribatejo, que são o verdadeiro “ solar “ da tauromaquia portuguesa. As sucessivas proibições da morte dos toiros acabaram por diferenciar o toureio peninsular especializando-se a arte equestre em Portugal, ao passo que em Espanha predominava o toureio a pé.

Além dos cavaleiros, ainda existia a intervenção dos forcados, cada grupo formado por dez homens e um cabo, ou chefe, e que pegam toiros depois de lidados a cavalo, fazendo-o de caras, de costas ou de cernelha, o que já raramente se vê.


Alguns clubes tauromáquicos, como o “Sector 1“ e a “Festa Brava “ defendem as corridas de toiros de morte.

 Apoderamento e representação de toureiros. Organizações Tauromáquicas Nacionais e Internacionais.
Consultor Tauromáquico, Marketing e Promoção.

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