Por: JOSÉ CARLOS AMORIM
A arte de lidar reses bravas é originária da Península Ibérica, onde evolucionou, onde assumiu as suas expressões mais típicas e donde irradiou, com expansão sempre limitada. Existem dois tipos de toureio confinados, em Espanha predomina o toureio a pé e a corrida de toiros em que a festa culmina com a morte do animal. Em Portugal o toureio predominou na forma equestre, a tourada com cavaleiros e forcados.
Os espanhóis levaram as corridas de toiros à América,
a outros países de colonização espanhola. A tourada portuguesa “ viajou “ para
as Ilhas, onde, nomeadamente nos Açores há uma forma típica de espectáculo
taurino, a Tourada à Corda. A tourada à portuguesa foi levada também para o
Brasil, Angola, Moçambique, África do Sul, Indonésia, Filipinas, Macau, Grécia,
etc., etc.
Como exercício, jogo ou desporto, os espanhóis vêm
praticando a lide de toiros desde as mais remotas eras. Dizer que foram os
romanos, os gregos, ou os árabes que trouxeram para a Península Ibérica a arte
de lidar toiros é absurdo, pois, pelo contrário, foi nela que eles aprenderam o
toureio.
Já na época pré-histórica, os
habitantes da Península Ibérica defrontavam, caçavam e domesticavam toiros. Na
época dos Iberos, a pedra lavrada de Clunia é um documento que atesta a
sobrevivência do motivo taurino na Península Ibérica através dos tempos. O
toiro surge como o “ Rei dos Animais “ em Creta e entre vários mitos a que o
toiro deu origem, conta-se o do Minotauro. Em resumo, pode dizer-se que os
primitivos povoadores da Península Ibérica, ao depararem com bois bravos, com o
andar dos tempos, tornou-se numa diversão popular.
Dos séculos X a XIII, o toureio na Península
Ibérica foi praticado pelo povo nos territórios reconquistados e pela aristocracia
nas regiões ainda em poder dos muçulmanos.
Em 1385, há a primeira notícia da existência de “
matadores “ de profissão. Durante os séculos XVI e XVII pratica a nobreza o
toureio a cavalo nas duas modalidades – picar e rejonear - preenchendo cada uma delas quase um século.
Carlos V D. Sebastião e Filipe II, foram grande
praticantes e defensores desta arte.
O toureio até 1761 oferece uma história
fragmentária e episódica, pois só a partir desta data aparecem os cartazes,
elemento indispensável para a história da Tauromaquia.
Em Fevereiro de l805, Carlos IV
proibiu as corridas de toiros, mas José Bonaparte logo a levantou, no intento
de congraçar-se com o povo Espanhol.
Portugal adquiria regras fixas e
entre elas, uma era essencial: “ o toiro só pode ser ferido no cachaço “. A lança principiou a ser posta de parte e a
entrar o uso do rojão, que era nessa época, uma espécie de lança, com a haste
de forma cónica, engrossando da ponta até à empunhadura.
Há praças de toiros em muitas cidades
e vilas do País, mas especialmente no Alentejo e Ribatejo, que são o verdadeiro
“ solar “ da tauromaquia portuguesa. As sucessivas proibições da morte dos
toiros acabaram por diferenciar o toureio peninsular especializando-se a arte
equestre em Portugal, ao passo que em Espanha predominava o toureio a pé.
Além dos cavaleiros, ainda existia a
intervenção dos forcados, cada grupo formado por dez homens e um cabo, ou
chefe, e que pegam toiros depois de lidados a cavalo, fazendo-o de caras, de
costas ou de cernelha, o que já raramente se vê.
Alguns clubes tauromáquicos, como o
“Sector 1“ e a “Festa Brava “ defendem as corridas de toiros de morte.
Apoderamento e representação de toureiros. Organizações
Tauromáquicas Nacionais e Internacionais.
Consultor Tauromáquico, Marketing e Promoção.
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