TORO ENCASTE PABLO ROMERO. PROPRIETARIO PARTIDO DE RESINA |
Por: JOSÉ
CARLOS AMORIM
Touro ou toiro estão correctos os
dois termos.
O primeiro vem por via erudita “
taurus-us “ e o segundo por via popular.
Os aficcionados mormente os
ribatejanos, distinguem entre touro e toiro.
O primeiro é manso e reprodutor e só
o segundo, o bravo se considera de lide. O touro de lide – Bos-taurus – é
considerado descendente do BOS- PRIMIGÉNIUS, uro ou auroque, um boi enorme,
gigantesco com dois metros de altura. O último de que há noticia foi encontrado
na polónia, no primeiro quartel do século XVII. O touro de lide é o produto de
um longo processo de selecção que se vem efectuando desde os princípios do
século XVII. O touro selvagem dava-se em várias regiões da Península,
essencialmente na Andaluzia, Castela, Navarra e Ribatejo. E até à data da sua
criação seleccionada, com a sua formação das ganadarias, vivia em perfeita
liberdade e promiscuidade. Hoje o touro de lide é quase um produto científico,
esmerando-se os ganaderos em produzir o toiro ideal, mercê de aturados estudos
genéticos, visando dar-lhe a cabeça proporcionada, tamanho regular, pele fina,
pelo lustroso, chifres bem colocados e fortes, orelhas pequenas, pescoço curto
e flexível, peito largo, garupa musculosa, rabo delgado e comprido, corvilhões
bem pronunciados, patas pequenas e arredondadas. Estas são algumas das
características que um touro deve reunir e a que se chama trapio – ou seja
presença e bom tipo.
A bravura é um conjunto de qualidades
que dá às reses bravas o poder da acomutividade, o que, aliado à nobreza –
docilmente na investida, a seguir sempre a trajectória imposta pelo artista - ,
torna possível o toureio.
As vacas que vivem separadas dos
touros, são fecundadas pelo semental – macho reprodutor – na Primavera altura
em que andam saídas – com cio – vindo a parir ao cabo de nove meses por altura
do Inverno. Oito meses decorridos o bezerro é separado da mãe “ desmame “ e,
pouco depois procede-se à ferra, operação que consiste em marcar o animal, nos
quartos traseiros, com um ferro em brasa – ferro esse que pode consistir num
desenho ou nas iniciais, do nome do
Ganadeiro – e com um outro ferro com o número de
ordem do ano, aplicando-o nas costelas. De há anos a esta parte tornou-se
obrigatório fazer outra marcação a fogo na mão da rês (quartos dianteiros).
» É o momento propício parar tourear.
» Por último “ aplomado “ acusa diminuição
de faculdades, move-se com
lentidão ou não acode aos cites, a não ser quando estes são feitos de
muito perto.
» Para além dos três estados porque
passa no decorrer da lide, o touro
pode ser bravo se acomete com raiva e determinação;
» Boiante, se é claro, nobre e
franco;
» Abanto, se investe para os capotes
com medo, bufa e foge;
» Avisado o que se apercebe
rapidamente do vulto e investe pronto,
devido por vezes ao excesso de capotazos;
» Manso, o que por falta de bravura
não investe;
» Pastueño se é muito suave;
» Probón o que insistentemente move a
cabeça como se fosse arrancada,
mas tarda em fazê-lo;
» Solto quando se desinteressa do
engano e sai disparado das sortes;
»Codicioso o que demonstra desejo de
colher e que pelo seu
temperamento investe sempre;
» De sentido o que não faz caso do
engano e procura o toureiro;
» Nobre, o que apenas segue o engano;
» Quedado, o que investe, mas fica
parado a meio da sorte;
» Voluntário, o que investe sem que
para isso seja obrigado, quase se
confundindo com o bravo.
Apoderamento e representação de toureiros. Organizações
Tauromáquicas Nacionais e Internacionais.
Consultor Tauromáquico, Marketing e Promoção.
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