OBRA DE D. FRANCISCO GOYA |
Por: JOSÉ
CARLOS AMORIM
A tourada ou corrida à Portuguesa,
pratica-se nos moldes actuais com as variantes próprias de um espectáculo em
evolução e aperfeiçoamento desde o século XVIII e que muito se deveu à
influência do esplendor da corte de D. Luís XIV.
O toureio equestre português era
frequentado pela nobreza em escolas onde se aprendia a arte de tourear ou
lancear a cavalo. Lidavam-se já nessa altura muitos toiros por cavaleiros
fidalgos, coadjuvados pelos capinhas (hoje bandarilheiros) sendo os toiros
mortos na arena, prática que viria até ao reinado de D. Maria II.
No reinado de D. Pedro II foi
decretado a 14 de Setembro de 1676 o corte das pontas nas hastes dos toiros.
No reinado de D. João V, grande
admirador da Festa Brava, adquire aspectos tão luxuosos nunca antes vistos e
para os comparar, temos hoje as corridas de Gala à Antiga Portuguesa.
No reinado de D. José houve uma
mudança na prática do toureio, construíram-se praças de toiros e a FESTA BRAVA
passa a ser espectáculo comercial, quase não haviam cavaleiros fidalgos, e
começaram a aparecer rapazes pobres, criados ou protegidos pelos nobres
incluindo-se, assim, a profissão de toureiro, o que não impede o Marquês de
Marialva de ser um dos primeiros. A sua arte de bem tourear ficou escrita no
livro LUZ DA LIBERAL E NOBRE ARTE DE CAVALGAR assinado pelo seu discípulo
Manuel Carlos de Andrade.
O toureio passa por momentos altos e
baixos e no reinado de D. Miguel, grande aficcionado e praticante que manda
construir a praça do Campo de Santana, onde se realizam corridas de toiros de
beneficência, e ele próprio protege de tal forma a Festa Brava que o espectáculo ganha uma
popularidade sem igual.
No reinado de D. Maria II é proibida
a morte do toiro na arena.
Criou-se, então, a tourada à
portuguesa, com toiros embolados (com as pontas almofadadas) e recolha dos
toiros vivos, ao contrário do que sucedia em Espanha, com a morte do toiro na
arena.
Entende-se por corrida de toiros o
espectáculo tauromáquico em que apenas intervenham cavaleiros ou matadores de
toiros com as suas quadrilhas e com ou sem forcados quando haja toiros
destinados à lide a cavalo, ou ainda aqueles espectáculos em que apenas intervenham
cavaleiros, bandarilheiros e forcados.
Apoderamento e representação de toureiros. Organizações
Tauromáquicas Nacionais e Internacionais.
Consultor Tauromáquico, Marketing e Promoção.
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