A “a Persistente” nasceu há 88 anos. Desde 1932 que incorpora a Tauromaquia na sua actividade e está ligada ao Campo Pequeno desde a década de 1950. No próximo dia 12, celebra no Campo Pequeno 85 anos de ligação à “Festa de Toiros”. Um história de sucesso que nos é contada pelo seu Sócio-Gerente, Dr. César Castelão.
Como surgiu a Tipografia “a Persistente”?
Dr. César Castelão: A “aPersistente” foi fundada em 1929 por um jovem empreendedor chamado César Castelão, e teve como origem uma papelaria de seu nome "Havanesa", que tinha acabado de ser adquirida por si.
Começou por ser uma modesta tipografia instalada na linda vila da Chamusca, no coração do Ribatejo, meramente constituída por uma máquina de braço para impressão, um cavalete com tipos e uma rudimentar guilhotina. E foi assim que tudo começou.
A primeira proposta de publicidade tauromáquica, quando surgiu?
R.: A primeira publicidade taurina produzida remonta ao ano de 1932, para a Praça da Chamusca, como não podia deixar de ser. Existe ainda um Cartaz que se encontra na posse de dois irmãos, antigos bandarilheiros, Carlos e António Lázaro, tendo pertencido a seu Pai, também bandarilheiro, António Lázaro.
Como surgiu o Campo Pequeno na história de “a Persistente”?
CC: A empresa, desde a sua fundação em 1929, foi crescendo a um ritmo exponencial e, durante os anos quarenta, teve na sua carteira de clientes grandes empresas e Instituições Públicas que foram dando forma e ajudando nessa evolução. Destacamos os Correios e Telecomunicações de Portugal, os Hospitais Cívis de Lisboa, a Tudor e a Imprensa Municipalista. Durante os anos cinquenta, com a negociação e a compra da Imprensa Municipalista, entidade que fornecia e fornece ainda hoje os modelos oficiais e serviços às Entidades Públicas, a ”aPersistente criou um elo muito forte com o mercado de Lisboa, instalando-se com escritórios na Rua Braamcamp.
Nessa altura existia uma grande amizade entre dois Chamusquenses, César Castelão e o Eng. José Joaquim Pedroso Rosa Rodrigues, sendo este último, Cavaleiro Tauromáquico, que tinha como bandarilheiro Joaquim José Gomes da Silva. Com alguma facilidade, César Castelão acedeu ao pedido de José Rosa Rodrigues de colocar na empresa este bandarilheiro de Espinho, que morava em Lisboa e que na altura necessitava de emprego.
A partir daí, e com os conhecimentos deste junto do então empresário do Campo Pequeno, José Ricardo Domingues, na altura também dono de uma casa de câmbios, na baixa de Lisboa, e um “escritório taurino”, junto da então ABEP, nos Restauradores, em Lisboa, foi possível agendar uma reunião com César Castelão onde decidiram realizar uma experiência numa das corridas, acabando por criar um acordo que dura até aos dias de hoje.
Como se reparte o portfolio de clientes de “A Persistente”?
CC: De facto, o leque de ofertas da “aPersistente” é francamente vasto, podendo subdividir as vendas em seis grandes grupos de análise:
1 – Área Publicitária (Design, Cartazes, folhetos, brochuras, peças de ponto de venda, desdobráveis, Flyers, etc.), valor de 33% da facturação;
2 – Área da Edição (Revistas e Livros) num total de 28% da facturação;
3 – Área Comercial (Modelos Internos das Instituições, Sobrescritos, Ofícios, Blocos, Manuais, etc.), valor de 11% da facturação;
4 – Área das Entidades Públicas (Imprensa Municipalista), valor de 9% da facturação;
5 – Área Taurina com 9% da facturação;
7 – Caixas e arquivos num total de 7% da facturação
6 – Impressão Digital pequeno e grande formato, 3% da facturação;
Que representa para “A Persistente” ser a primeira escolha do Campo Pequeno, na elaboração da publicidade tauromáquica?
CC: Tem sido, ao longo dos anos, um motivo de orgulho podermos ser a opção da mais importante e emblemática Praça de toiros do País, não só pelos seus 125 anos de existência, mas também, por ser um ex-libris arquitectónico e pela responsabilidade que é pisar a sua arena. Para que fosse possível esta confiança, acreditamos que muito tem contribuído o nosso empenhamento e dedicação à festa dos toiros e, em especial, à Praça de toiros do Campo Pequeno. Sermos a primeira escolha tem-nos trazido uma enorme satisfação mas, também, uma responsabilidade acrescida. Em cada solicitação devemos interpretá-la como uma oportunidade de mostrarmos o que somos capazes, e abraçá-la como um momento único.
Que significado tem para todos vós esta corrida, tendo em vista ser no Campo pequeno e associada à mais emblemática do calendário taurino de Lisboa, a Corrida de Gala À Antiga Portuguesa?
CC: Será, sem dúvida, um momento muito importante para a expressão da “aPersistente” no mundo taurino, só possível pela qualidade humana da actual gestão deste magnífico tauródromo e, iremos, com muita honra, estar presentes, neste imponente espectáculo de encerramento da época dos 125 anos da Praça, nos 88 anos de existência da “aPersistente” que comemora os seus 85 anos a produzir Cartazes Taurinos, para assistir a mais um momento alto da Tauromaquia Nacional.
Quero recordar os nomes que integram o cartel desta corrida que abrirá com o cortejo histórico evocativo das corridas de Gala à Antiga Portuguesa: Os cavaleiros Rui Salvador, Rui Fernandes, João Moura Caetano, Manuel Ribeiro Telles Bastos, João Moura Júnior e Luís Rouxinol,, os grupos de forcados amadores de Évora e de Vila Franca de Xira, comandados respectivamente por João Pedro Oliveira e Ricardo Castelo, que lidarão e pegarão seis imponentes toiros da prestigiada ganadaria Passanha.
Gostaria de deixar uma última palavra dirigida aos espectadores, elemento indispensável para que a Festa Brava se mantenha, que pretendemos distingui-los com uma surpresa que esperamos que seja do agrado de todos.
Participe nesta corrida histórica.
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Informa: Joana Pina Tauromaquia & Museu
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