“A Festa dos toiros é a festa da vida”, os aficionados e respetivas
tertúlias estarão sempre em defesa desta, contra os ataques mais vis que
tem sofrido nestes últimos tempos por grupos organizados, totalitários, que se
escondem com a aparência de existirem em e em prol de quaisquer coisas, mas no
fundo apenas procuram, através da mentira e da manipulação emocional,
impor a sua visão do mundo aos outros, espezinhando os respetivos direitos
e a democracia cultural e que sem quaisquer escrúpulos atacam a
multiculturalidade. É bom que não se esqueça que a Festa é um confronto entre a
inteligência e a força, mas que tem por base a arte e o risco, o belo e o
trágico, a nobreza e a misericórdia, e é isso que a faz diferente de todas as
outras manifestações artísticas.
A Festa que assenta fundamentalmente na supremacia da inteligência, é a
festa dos enganos, dos quiebros, das falsas vantagens, a Festa que nós não
gostamos.
Na Festa exaltam-se valores humanos, existe organização e um sistema relações
que são em tudo homólogas às que constituem a sociedade no sentido lato.
Quer se queira, ou não, a Festa promove relações de solidariedade, de
amor, de amizade, de respeito pela natureza e de capacidade de lutar sempre,
com nobreza e bravura, contra as adversidades.
Por isso a Festa de Toiros é também uma lição de vida.
A Comissão Instaladora
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